Marco Alves: “tenho contrato até 30 de junho, o futuro a Deus pertence”

O treinador do Grupo Desportivo de Chaves, Marco Alves, em antevisão à partida da 33ª jornada da II Liga, frente ao UD Leiria, falou numa “equipa muito boa”, fez um balanço da temporada e deixou no ar a sua continuidade no cargo.

Em relação ao atual sétimo classificado da II Liga, UD Leiria, Marco Alves teceu vários elogios aos “unionistas” e revelou ainda tratar-se de um jogo com “características diferentes”.

“Um jogo muito difícil contra uma equipa muito boa, recheada de excelentes valores individuais, que tem feito uma excelente época. Contamos com um jogo bastante difícil, com características diferentes, porque é o primeiro jogo que, nem nós, nem o Leiria tem, aspirações a subir de divisão, mas com toda a certeza que as duas equipas vão encarar o jogo com o máximo de seriedade”.

Questionado acerca da presença dos “Valentes Transmontanos” no Estádio Municipal Engenheiro Manuel Branco Teixeira, o técnico dos flavienses afirmou não estar otimista.

“Tenho de ser sincero, acho que não. O horário de jogo faz-me pensar que não irá estar muita gente. Os verdadeiros flavienses, os que gostam mesmo do clube, acho que vêm cá, mas compreendemos que há um jogo (SL Benfica-Sporting CP), que penso nunca ter existido na história do futebol português, um jogo em que as duas equipas podem sair campeãs e compreendo que é de extrema importância, que toda a gente gostaria de ver, por isso, acho que é muito difícil ter muita gente no Estádio”.

Depois de dizer “adeus”, em Tondela, à possibilidade de subir de divisão, Marco Alves fez um balanço do campeonato, que considera ter sido “muito positivo.

“Foi um início difícil, em conversas com outros colegas, que apanharam clubes numa situação igual à que o Chaves estava este ano (descida de divisão), já me tinham dito que era um início difícil. Quando a equipa desce, ficam vários jogadores que não querem jogar na 2ª liga, que não estão habituados a jogar na 2ª liga ou que têm aspirações de continuar as suas carreiras num nível mais alto e as semanas vão passando, as propostas não chegam ao clube e a situação desses mesmos jogadores começa a ficar difícil. Uns saem, outros não. Até fechar o mercado é um trabalho particular em comparação ao trabalho das restantes equipas. Além disso tivemos, como é público, muitas lesões nas primeiras jornadas. No primeiro jogo, em Viseu, penso que todos os jogadores do banco de suplentes tinham começado a treinar nessa semana, jogadores como o Wellington, Platiny, Ktatau, Jô, quase todos tinham começado a trabalhar nessa semana e resultou na perda de vários pontos nessas primeiras jornadas. Felizmente, conseguimos dar a volta por cima e chegar aos lugares cimeiros, fazer aquilo a que nos propusemos sempre, que foi chegar ao final do campeonato com aspirações de subir de divisão e entre os melhores. Depois falhamos nos jogos decisivos, tínhamos de ter ganho ao Benfica “B”, ao Alverca, ao Vizela e ao Tondela. Tínhamos de ter ganho vários desses jogos, não o conseguimos fazer, perdemos também aquele jogo em Paços e isso fez com que esta parte final não fosse tão positiva e não conseguisse-mos concretizar um sonho de todos nós, que era devolver o Chaves ao principal escalão, onde o Chaves deveria de estar sempre. Na minha opinião, deve (Chaves) voltar para lá o mais rápido possível, este ano não foi possível e, por isso mesmo, não considero que foi um campeonato fantástico, mas considero muito positivo, porque conseguimos andar sempre nos primeiros lugares”.

Abordado acerca do seu futuro em Chaves, Marco Alves deixou no ar a possibilidade de saída.

“Não sei, pessoalmente, tenho de realizar estes dois jogos e tenho contrato até 30 de junho, o futuro a Deus pertence.”

A partida entre flavienses e leirienses tem data marcada para a amanhã, 10 de maio, às 18h, no Estádio Municipal Engenheiro Manuel Branco Teixeira, a contar para a 33ª jornada do segundo escalão do futebol português.

Diogo Batista
Foto: LP2MeuSuper


09/05/2025

Desporto